quinta-feira, janeiro 25, 2007

V.I.D.A. (vírus implacável da dor anarquista)


Sobem-se as montanhas derretidas,

derretidas por uma lua descortinada,

descortinada por eléctricos babuínos,

que aspiram por uma última pedrada.


Um apêrto coliga-se ás minhas secas pálpebras,

proíbe o consumo da lágrima no acto que é chorar.

Um rio de dor trespassa todas as vontades,

de querer viver, de querer sorrir, de querer sonhar.


A Tristeza, amante que nunca pedi para amar

Sombra da minha alma, que não consigo desinfectar.

Triste no canto e triste ao acordar.

Ó meu deus! Como eu a desejava matar!